SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E A ERA DA INFORMAÇÃO – Parte I

Segurança nas Informações

Até a década de 90, enfeitavam as estantes e bibliotecas das residências de nossos pais, tios e avós, as lustrosas e luxuosas enciclopédias Barsa, Britânica, Delta Larousse e Caldas Aulete com seus vários volumes.  Sempre que se desejava uma informação rápida sobre algum assunto, utilizava-se essa ferramenta de pesquisa.

Havia, inclusive a profissão de vendedor de enciclopédia, que as vendiam com “pronta entrega”, batendo de porta em porta e infernizando os moradores com sua insistência. Os mais velhos lembram-se disso.

Os verbetes de todas essas enciclopédias antigas eram profunda e meticulosamente elaborados por especialistas antes de serem publicados, portanto, sua confiabilidade era enorme.

Afinal, estamos trocando já há algum tempo esse tipo de fonte de informação confiável por informações produzidas pela Wikipédia, Google, Pinterest, Youtube, sites, podcasts, blogs etc, que tem como colaboradores milhões de pessoas. Além disso as redes sociais passaram a fazer parte da vida das pessoas, de tal modo, que seu principal veículo, o smartphone, acaba por integrar o próprio corpo humano, pois, onde se vê mão humana, vê-se um celular nela inserido, para troca de informações.

Crianças com menos de um ano já consomem esses produtos eletrônicos. Uma revolução sem volta, que gerou uma nova sociedade humana conectada com o mundo inteiro.

Quais seriam as consequências dessa nova ordem social, ou talvez, desordem social?

Qual a necessidade de se debater essa nova sociedade indissociável da tecnologia?

É muito importante discutir essas questões, não é mesmo?

Começamos por tratar das coisas positivas. Dá uma enorme sensação de felicidade fazer parte de uma Era tão intensa, tão rica, e que acabou com muitas das grandes dificuldades do passado, tornando tudo muito mais fácil, muito mais à mão, literalmente. Para usar uma expressão batida, é o mundo na ponta dos dedos.

Dificilmente poder-se-ia enumerar todos os benefícios da era digital, pois tudo hoje depende da internet. Não há um só ramo de atividade humana que hoje possa prescindir da tecnologia digital.

Um mês sem internet no mundo talvez traga mais prejuízo e mortes do que uma guerra da mesma duração. Seria um colapso considerável.

Entretanto, sob o aspecto do acesso à informação, no que difere a oriunda dos livros e enciclopédias das fontes de informações digitais?

Podemos citar as principais, com relação à internet: falta de confiabilidade, com a proliferação e  multiplicação de fake news, excesso de informações não desejadas que invadem nossa esfera particular de privacidade e intimidade.

Os defeitos mais graves dessas tecnologias são, seguramente, a invasão de privacidade na correspondência por e-mail e redes sociais, o marketing exagerado e irritante, os cookies, a irresponsabilidade pessoal e legal  dos autores de informações sem fundamento, possibilidade de furto de seus dados, cyber crimes etc. É o fim do direito  fundamental à privacidade e à intimidade.

A maior parte dos aplicativos que você instala em seus aparelhos, os chamados apps, solicita de primeira: você permite que esse app utilize seus dados, fotos, arquivos, etc? Se você quiser usar o aplicativo tem que permitir e aí você já não controla mais suas próprias informações ou dados.

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